O LUGAR DA CRIANÇA CIRCENSE NA ESCOLA: INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?
INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?
AVELINO, Anderson de Oliveira Santos (PUC-MG); XAVIER, Gláucia do Carmo (PUC-MG)
INTRODUÇÃO
A maioria das pessoas já deve ter ido a um circo alguma vez e consequentemente deve ter sido contagiado pela arte do espetáculo, seus artistas que demonstram ilimitados movimentos corporais e, com certeza, deve ter deixado risos no interior da lona. Porém, nem sempre, esses espectadores pararam para refletir sobre como se dá a vida escolar da criança circense, já que sua rotatividade é frequente. O objetivo desta pesquisa é investigar a escolarização dessas e crianças, saber como ela acontece verdadeiramente no interior da escola, desde o momento da matrícula até seu desligamento e identificar os obstáculos existentes nesse processo.
Essa investigação é relevante, pois não se tem muitos registros sobre o assunto, que é atual, presente na sociedade e urgente. O tema é atual e presente, pois desde que a educação se tornou obrigatória e dever do Estado, a presença dessas crianças nas salas de aula é necessária, além de ser um direto constitucional. E o assunto é urgente porque é preciso repensar no papel da escola e, consequentemente, na formação dos educadores frente à diversidade do público escolar.
A pesquisa foi realizada na cidade de Belo Horizonte. Por dois anos, quatro circos que passaram pela capital foram visitados, fotografados e entrevistas foram feitas com pais e estudantes circenses. Todas as entrevistas foram gravadas, além de terem sido registradas por escrito no momento de sua efetivação. Pôde-se constatar que todos os entrevistados foram receptivos e acolhedores, no entanto, o maior desafio da pesquisa foi aguardar as visitas dos circos na cidade, que nem sempre são frequentes.
A CRIANÇA CIRCENSE E SUAS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS O circo que se vê atualmente surgiu no século XVIII e se consolidou no século XIX. O que existia até então era uma arte equestre desenvolvida nos