A ESCOLA COMO ESPAÇO SOCIAL PARA PRÁTICA PEDAGÓGICA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA ENTRELAÇADA PELA EDUCAÇÃO POPULAR
ECONOMIA SOLIDÁRIA ENTRELAÇADA PELA EDUCAÇÃO POPULAR
Jociano Coêlho de Souza1
A escola, de um modo geral, é vista como espaço de socialização da cultura e é responsável pela formação inicial do indivíduo até posicioná-lo dentro da sociedade.
Paralelamente a escola pode, também, adotar e implementar alguns tipos de projetos e programas educacionais e culturais, com o apoio das redes de assistência, da comunidade e das politicas educacionais que visem à aquisição da emancipação do individuo, e que por sua vez quebrem situações de exclusão e de alienação às que muitas comunidades são submetidas por não possuírem acesso a educação.
De acordo com Paulo Freire (1975) a escola deve ser um lugar de trabalho, de ensino, de aprendizagem. Um lugar em que a convivência permita estar continuamente se superando, pois a escola deve ser considerada um espaço privilegiado para pensar e redimensionar o seu pensar, reformulando suas ações pela compreensão do que a comunidade escolar (entendida aqui os alunos, pais, professores, equipe pedagógica, direção, funcionários) espera dela enquanto função social.
Essa concepção deixa claro que a escola é um local de construção e ebulição e de cultura, em que a organização do trabalho escolar tem os elementos constituintes: hierarquia escolar; visão de mundo; tipo de formação; concepção de ciência e espaços de poder, enfim, cultura social (FOURQUIN, 1993).
Desta forma, o estudo aqui abordado se justifica pelo fato de que nas comunidades a instituição escolar muitas vezes é compreendida como um local de apoio para o desenvolvimento de atividades e ações que contemplam não só o trabalho ou os conteúdos conceituais relacionados ao currículo, mas também um espaço de práticas e construção de conhecimentos que podem contribuir para o desenvolvimento social da comunidade, através de projetos que, postos em prática pelos discentes, chegará às famílias. Para tanto,