AS POLÍTICAS DO BANCO MUNDIAL E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: APONTAMENTOS INICIAIS

AS POLÍTICAS DO BANCO MUNDIAL E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: APONTAMENTOS INICIAIS1

AZEVEDO, Patrícia2

GALEGO, Jéssica Venerano3

Universidade Estadual do Norte do Paraná - CCP

RESUMO

O estudo realizado busca analisar de que forma as políticas dos organismos internacionais, sobretudo do Banco Mundial, recaíram sobre a educação e quais as práticas resultantes desta política nos processos de formação de professores. Primeiramente, são situadas as divergências entre as propostas do Banco Mundial e a educação superior por meio da análise do documento: Declaração Mundial sobre o Ensino Superior no século XXI: visão e ação. No segundo momento procuramos identificar as modificações na formação de professores em atendimento aos objetivos do Banco. No terceiro momento apresentamos alguns impactos causados à formação docente no âmbito das políticas educacionais no Brasil.

Palavras-chave: Banco Mundial. Educação. Formação de Professores.

Introdução

A educação tem sido alvo de diversas reformas, sobretudo a partir da década de 1990. Pode-se assim dizer, que a interferência dos organismos internacionais na educação é um dos fatores primordiais para as reformas que aconteceram nesse período, sendo assim, a formação foi entendida como requisito para atender as exigências do mercado de trabalho que, no início da década de 1990, exaltava a competitividade e a certificação. Este fator coloca a educação à serviço da globalização, da formação pela informação, desvalorizando os conhecimentos científicos. A crise da educação desencadeada nesse processo envolveu diversos fatores, dentre eles o aumento da privatização do ensino, que têm contribuído para uma extensiva mercantilização da educação superior.
As reflexões deste trabalho priorizam a atuação do Banco Mundial na educação brasileira e a relação entre os organismos internacionais no processo de privatização do ensino superior. Desta forma questionamos: Quais os impactos das políticas do