A era Vargas e seu legado
Sabemos que os anos finais da República Velha, também chamada de “Café com Leite” se iniciou em 1926 quando o paulista Washington Luis sucedeu Arthur Bernardes na presidência. Parecia superados os períodos tumultuados daquele governo. A burguesia industrial não esperava mais que as velhas oligarquias implantassem a industrialização do país. Nesse contexto a economia brasileira foi atingida pelos efeitos da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929 que atingiu em cheio o setor cafeeiro. O governo não teve como socorrer as oligarquias exportadoras.
Nesse ambiente de crise econômica que atingiu nosso principal produto – o café – o país se aproximava de mais uma sucessão presidencial. Num lance político que visava à continuidade de sua política econômica, o paulista Washington Luis não indicou como seu sucessor um nome ligado à Minas Gerais como previa o acordo da República do Café com Leite. Ele acabou por indicar outro paulista, o governador de São Paulo Júlio Prestes para sucedê-lo. Chegava ao fim o acordo São Paulo – Minas.
O governador de Minas Gerais, Antonio Carlos de Andrada que esperava ser o escolhido, se rebelou e aliando-se a dissidentes, apoiou a chapa do gaúcho Getúlio Vargas tendo como vice o paraibano João Pessoa. Essa aliança liberal obteve amplo respaldo junto às camadas populares, exército e setores da burguesia industrial. As eleições foram marcadas pela fraude. Venceu a chapa da situação com Júlio Prestes. O clima de insatisfação foi muito grande.
Um fato que agravou a crise foi o