ola tud bem A partir da publicação de Casa-Grande & Senzala, em 1933, o sociólogo Gilberto Freyre colocou meio que à força o Brasil de frente para o espelho. Retirou o valor degenerativo da mestiçagem, considerada até então um dos principais males no caminho do progresso da ‘pátria amada’, e passou a interpretá-la como um processo cultural normal, a partir do qual seus subprodutos pudessem ser tratados como peças fundamentais da construção de uma identidade brasileira própria. A obra Raízes do Brasil, aborda aspectos centrais da história da cultura brasileira. É uma interpretação do processo de formação da sociedade brasileira, que considera a experiência colonial como um obstáculo, a ser vencido, para o estabelecimento da democracia política no Brasil. Destaca, também, a importância do legado cultural da colonização portuguesa do Brasil e as adaptações que marcaram as passagens culturais de Portugal para a sua colônia. Foi escrita em um momento que o país passava por um período de transição política, em meados da década de 1930. Quando a República Velha já havia ficado para trás, a era da ditadura Vargas começava a se instalar e a democracia formal era uma perspectiva ainda distante. No entanto, desde o movimento modernista, que na década de 1920 havia lançado um golpe contra a influência dos Portugueses na cultura, os intelectuais brasileiros estavam a procura de uma identidade brasileira. O livro de Buarque de Holanda, assim como a obra do autor Gilberto Freire, Casa-Grande & Senzala, faz parte desse movimento de busca da identidade cultural nacional. Esses dois grandes intérpretes do Brasil possuem igual importância em suas descrições, no entanto divergem em suas interpretações: enquanto Freire revela sentir a falta da influência portuguesa, Buarque de Holanda se contenta por esta começar a ser superada.
Através do conceito de homem cordial Sérgio Buarque destaca a importância da herança cultural da colonização portuguesa no Brasil, construindo ainda a ideia