A Era Do Trafico De Escravos Negros
Chama-se de tráfico de escravo negro o transporte forçado de negros como escravos para as Américas e para outras colónias de países europeus, durante o período colonialista.
A escravatura foi praticada por muitos povos, em diferentes regiões, desde as épocas mais antigas. Eram feitos escravos, em geral, os prisioneiros de guerra.
Na Idade Moderna, sobretudo a partir da descoberta da América, houve um florescimento da escravidão. Desenvolveu-se, então, um cruel e lucrativo comércio de homens, mulheres e crianças entre a África e as Américas. A escravidão passou a ser justificada por razões morais e religiosas e baseada na crença da suposta superioridade racial e cultural dos europeus. O tráfico de escravos africanos se dividiu em quatro fases:
1. Ciclo da Guiné (século 16)
2. Ciclo de Angola (século 17): traficou Congos, Ambundos, Bacongos, Benguela e Ovambos.
3. Ciclo da Costa da Mina, hoje chamado Ciclo de Benin e Daomé (século 18 - 1815): traficou iorubás, jejes, minas, hauçás, tapas e bornus.
4. período de tráfico ilegal, reprimido pela Inglaterra (1815-1851).
DESENVOLVIMENTO
Iniciado na primeira metade do século XVI, o tráfico de escravos negros da África para o Brasil teve grande crescimento com a expansão da produção de açúcar, a partir de 1560 e com a descoberta de ouro, no século XVIII. A viagem para o Brasil era dramática, cerca de 40% dos negros embarcados morriam durante a viagem nos porões dos navios negreiros, que os transportavam. Mas no final da viagem sempre havia lucro. Os principais portos de desembarque no Brasil eram a Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco, de onde seguiam para outras cidades.
O uso de mão de obra africana no Caribe e no sul das colónias inglesas da América do Norte formou uma grande rede empresarial que comprava escravos já apresados no litoral de Angola e Guiné, trazendo-os para a América.
Causas do tráfico de escravos negro
Com a expansão marítima europeia, no século XV, e a conquista do Novo Mundo, os europeus