Trafico de Escravos
Embora registos historiográficos nos mostram a existência de escravos como base social de todas as civilizações de antiguidade, isto é, desde as ditas civilizações pré clássicas como Egipto e Mesopotâmia, passando para as clássicas Grécia e Roma, nestas sociedades os escravos eram normalmente prisioneiros de guerra, ou por endividamento ou ainda descendentes de família escrava.
Contudo com o passar dos séculos, com a invasão da Europa por povos designados bárbaros, a condições de escravos sofrem algumas transformações, visto que, embora continuaram a existir deixaram de ser um simples instrumento de trabalho, para passarem a ter condição mais digna, onde passaram a serem elementos sociais, embora continuando sendo propriedade do senhor, que deles faziam o que quisessem.
Entrando no título deste capítulo, interessa-nos mais o tipo da escravatura desenvolvido séculos posteriores, ou seja, aquela nascida com a chegada dos europeus a África no século XV, com a expansão marítima.
Entretanto, o tráfico de escravos e a própria escravatura só ganharam força com a intensificação do tráfico negreiro devido a chegada do capitalismo rudimentar do século XV, associado a uma intensa procura de braço para os continentes americanos e europeu, a partir do século XVII, visto que, a população Índia não resistia o tipo de trabalho. Deste modo, recorreu-se à mão-de-obra de escravos negros, originando-se assim um rendoso e desumano tráfico negreiro de toda a costa ocidental africana para os continentes acima referidos.
Ainda no início do século XV, o continente africano era praticamente desconhecido por parte dos europeus, como fornecedora de mão-de-obra escrava, mais antes pela existência de outros produtos como ouro, que levaram os europeus, principalmente os portugueses, carente desses produtos, a aventurarem pelo mar, chegando a costa de África. Ao estabelecerem contactos com as populações locais rapidamente adoptaram e desenvolveram o hábito