A enfermagem e a morte
INTRUDUÇÃO
Desde que se tem documentado, o exercício da enfermagem esta diretamente ligado ao fator saúde, morte e ao processo do morrer, estando também estreitamente ligado ao nascer e todo seu processo, dois momentos da existência em que o ser humano encontra-se em condição de maior vulnerabilidade a mudanças e sofrimentos. Em tais momentos, o enfermeiro tem o papel de proporcionar cuidados técnicos, compreensão, proteção, segurança, conforto e um ambiente saudável para que o ser humano encontre o caminho de acordo com suas necessidades e consiga seguir o seu curso natural.
Normalmente quando pensamos sobre a morte e o morrer, nosso objeto de interesse focaliza-se no sujeito que morre, no corpo morto e em suas causas de ordem patológica. Raramente a morte é associada como tema de investigação cientifica, principalmente na área de enfermagem. Assim, é importante compreendermos que, o que aprendemos com a morte e o morrer, não envolve somente questões de interesse das políticas publicas de saúde, mas também questões sociais.
Podemos observar que a enfermagem esta se dirigindo a uma outra etapa: a do preenchimento das necessidades básicas humanas. E como poderíamos chegar a essa nova etapa sem compreendermos de forma mais clara a morte, seu processo e a relação entre ela e o “ser enfermeiro”? Para que a compreensão seja satisfatória, é interessante começar pelo conceito de enfermagem, que em resumo é uma ciência que tem como base os conhecimentos técnicos, cientifico e empírico dispensados no restabelecimento e manutenção das necessidades básicas humanas, visando um equilíbrio homeostático dos vários sistemas orgânicos que constituem o homem e suas potencialidades, desvelando assim, o ser bio-psico-social-espiritual, como um todo possível de observação, comparação e regulação, transcendendo os limites do corpo físico e respeitando sua relação com o espírito, aplicada nas varias fases da vida que compreendem o existir, o nascer, o viver, o morrer e a morte