Assistencia de Enfermagem paciente terminal e pós morte
Desde a formação, o profissional de enfermagem tem uma pré-concepção em relação ao ser humano que vivencia seu processo de morte e de morrer.
No início da Idade Média, a morte era vista como algo natural, encarada com familiaridade. Ao doente cabia o ritual de despedir-se da família e dos amigos e determinar o que ainda lhe era possível. Era, portanto, um acontecimento público; os corpos eram enterrados nos pátios das igrejas, nesse contexto, mortos e vivos podiam coexistir no mesmo espaço. A partir do século XVIII, atribui-se à morte um caráter dramático, em que predomina o culto ao cemitério e o luto exagerado, no qual o protagonista passa a ser a família e não mais o morto. Tal situação perdurou pelo século XIX, sendo que os parentes omitiam ao doente a gravidade do seu estado na tentativa de poupá-lo, transformando a morte em tabu, rigorosamente afastada, principalmente das crianças.
A medicina, subsidiada pelos avanços tecnológicos, proporcionou uma mudança na representação social da morte. Não se morre mais em casa, rodeado por familiares e amigos, com serenidade para despedir-se da vida e, sim, às escondidas, trancafiado em um ambiente hospitalar, considerado neutro. A presença da morte é dissimulada pela equipe de saúde que rapidamente prepara o corpo e legaliza o novo status do morto por meio do atestado de óbito. Até as palavras denunciam essa ocultação, ao invés de simplesmente dizer que alguém morreu, usam a expressão, impessoal e menos angustiante, “foi a óbito”.
É importante ressaltar que, o pessoal de enfermagem é elemento básico da equipe de saúde no momento de acompanhar o paciente nos últimos instantes de sua vida, e também para ajudar a aliviar os sentimentos dolorosos, o medo a angustia com que se defrontam, com frequência, os pacientes e seus familiares.
Para falar do atendimento ao paciente terminal, é necessário descrever seus aspectos físicos, emocionais