etica

5978 palavras 24 páginas
INTRODUÇÃO

A história natural de muitas doenças, a agressividade da vida moderna sobre as pessoas, e o envelhecimento aproximam os seres humanos do período final da sua vida biológica. Também se refere, para tal, nas sociedades modernas, alguma perda ou desvalorização do sentido da vida quando esta não é agradável para a pessoa.

Existe um determinado momento na evolução de uma doença que, mesmo que se disponha de todos os recursos, o paciente não é mais salvável, ou seja, está em processo de morte inevitável. Este conceito não abrange apenas a potencialidade de cura ou reversibilidade de uma função orgânica atingida, mesmo tratando-se de órgão nobre. Refere-se àquele momento em que as medidas terapêuticas não aumentam a sobrevida, mas apenas prolongam o processo lento de morrer. A terapêutica, neste caso, torna-se fútil ou pressupõe sofrimento. E é nesse momento que a medicina de acompanhamento (também chamada de medicina paliativa) tem papel fundamental, para aliviar o sofrimento até a chegada da morte (PEREIRA, 2009).

O paciente terminal é definido como sendo aquele cuja condição é irreversível, independentemente de ser tratado ou não, e que apresenta uma alta probabilidade de morrer num período relativamente curto de tempo. São pacientes para os quais já foram esgotadas as possibilidades de tratamento da enfermidade da qual padecem. Em alguns casos estes pacientes podem estar inconscientes (coma, morte cerebral, etc), em outros casos, podem permanecer lúcidos tendo que suportar o desconforto físico (dor, dispnéia, escaras, disfunções gastrointestinais) e/ou psicológico (ansiedade, stress, perda da dignidade). Sendo assim, podemos observar a grande dificuldade nesta classificação devido às múltiplas variáveis a serem consideradas, tornando esta decisão corretamente adotada se precedida de ampla discussão, até a obtenção do consenso dentro da equipe médica, de comum acordo com o paciente ou seu representante, e atentando para o princípio da justiça (DUARTE,

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