A educação

A que ponto o Estado interferiu na Educação com a Ditadura Militar.

Introdução:
A educação a partir dos anos de 1964 teve uma transformação radical para o ensino fundamental do nosso País, Buscava-se interferir nas formas de pensar e de agir dos indivíduos, de modo a garantir legitimidade da ditadura. Tinha-se o objetivo de fazer valer os ideais da chamada “revolução de 1964”, para tanto, os membros do governo procuravam intervir em todas as áreas da vida social. Diversas instituições, grupos e indivíduos eram de alguma forma, controlados, e até mesmo manipulados, por estratégias arquitetadas pelo regime. O autor nos mostra que estes atos, que visavam o controle, o consenso e a legitimidade do regime militar, se manifestavam também na área educacional, principalmente, através da disciplina Educação Moral e Cívica.
Logo após o AI-5, o governo militar instituiu o ensino obrigatório da “Eucação Moral e Cívico” nas escolas públicas. Essa matéria, aplicada aos estudantes do que seria hoje o ensino fundamental, nada mais era que uma tentativa de doutrinação das crianças.
O respeito às autoridades, a sacralidade da família, a ordem, a obediência, o patriotismo eram alguns dos valores que a ditadura queria impor.
Além disso, temas de economia e política eram abordados do ponto de vista dos interesses do regime, ou seja, a prosperidade do Brasil sob a ditadura e o vilão comunista.
A afirmativa de que a ditadura tentava legitimar suas ações e medidas através da construção de um suposto ideário de democracia significa que se está empregando o sentido de legitimidade como busca de reconhecimento, por parte da maioria dos segmentos sociais, em torno dos valores propalados como fundantes do regime militar, bem como a procura de adesão ás suas pressuposições em torno da convivência social (REZENDE, 2001, p.3).

A Educação Moral e Cívica atuava, inclusive, na mente das crianças, inculcando valores tais como: obediência; passividade; ordem; fé; “liberdade com