A Educação Pós-Moderna: panorama, paradigma e perspectiva crítica
EDUCAÇÃO, CURRÍCULO E MULTICULTURALISMO
Recensão Crítica
A Educação Pós-Moderna: panorama, paradigma e perspectiva crítica
Docente:
Maria do Carmo Vieira da Silva
Discentes:
Aléxis Trindade
Carlos Pinto
David Erlich
Joana Martins
Panorama geral da obra
A presente recensão crítica focar-se-á na obra A Educação Pós-Moderna, da autoria de J.P. Pourtois e H.
Desmet, mormente na exposição que a mesma faz daquilo a que chama “Paradigma das Doze Necessidades”
(1999, p. 49). O livro divide-se em quatro partes. A primeira parte intitula-se “Para uma Perspectiva PósModerna em Educação” (p.17) e procura, sob um ponto de vista historiográfico, sociológico e pedagógico, distinguir a época moderna da pós-moderna. A segunda parte, “O paradigma das doze necessidades”, será o alvo da presente recensão, já que tal é a proposta pedagógica que os autores alegam ser o paradigma pedagógico mais adequado à corrente época. A terceira parte – “Pedagogia Pós-Moderna” (p.205) –, associa cada uma das necessidades integrantes do referido paradigma a um tipo de prática pedagógica. Finalmente, a quarta parte, intitulada “Conclusões: Uma Educação Para o Amanhã” (p.315) faz uma pequena súmula reflexiva. Vamos, em seguida, abordar cada uma destas partes.
Segundo os autores, “duas características marcaram profundamente o mundo moderno” (p.23): a
“racionalização” (p.23) e a “multiplicidade e a dispersão dos conhecimentos” (p.26). A racionalização tende para uma “(...) separação entre o mundo objectivo, criado pela razão, e o mundo da subjectividade, centrado na pessoa (...)”(p.23), com primazia do primeiro, procurando suprimir “formas de organização que não assentem em elementos científicos” (p.23). Por sua vez, a “multiplicidade e dispersão dos conhecimentos” assentou na separação fixa das várias áreas do saber, de acordo com uma visão de parcelamento disciplinar com traços “de exclusão e de fractura” (p.27). A educação tem como objectivo