A educação na cidade

A Educação na Cidade
De Paulo Freire

Introdução
A convite da prefeita eleita Luiza Erundina, Paulo Freire esteve como Secretário da Educação do Munícipio de São Paulo de 01 de janeiro de 1989 a 27 de maio de 1991. Como observam Carlos Alberto Torres e Moacir Gadotti, no capítulo introdutório, Freire “era a opção mais lógica”. Não só por ser o educador reconhecido que era, mas também por ser membro-fundador do PT, membro da Comissão de Educação do Partido e presidente da Fundação Wilson Pinheiro. Mesmo o próprio educador fala da impossibilidade de recusar o convite: tinha de aceitar para ser coerente com o seu discurso.
O livro reproduz entrevistas concedidas pelo educador nos primeiros meses de seu mandato divididas em duas partes. Na primeira as entrevistas são concedidas à diversas revistas e instituições nacionais e estrangeiras. A segunda parte parece mais com a reprodução de bate-papos com três professores: Ana Maria Saul, Moacir Gadotti e Carlos Alberto Torres.
O texto sintetiza e mescla os desafios e ações que Freire espera ter e tem frente a secretaria de Educação com as ideias que o educador difundiu durante sua vida. Como não poderia deixar de ser para um homem que sempre almejou a coerência entre discurso e prática e que acreditava na relação indissociável entre teoria e ação. Os tópicos deste trabalho são perguntas que tentam sintetizar algumas questões tratadas no texto. As “respostas” dadas tentam resumir: as considerações feitas por Paulo Freire, as observações feitas em sala de aula e anotações feitas de outras fontes com temas correlatos. Os temas que surgem são diversos, mas neste trabalho procurou-se dar maior ênfase aos que interagem mais diretamente com a administração do educador frente a Secretaria.

Em que deve se diferenciar a proposta pedagógica do PT frente as demais?
Paulo Freire defende a busca constante pela coerência entre discurso e prática. Assim uma proposta pedagógica de um partido progressista, para ser coerente com