A primeira etapa da Educação Básica é denominada Educação Infantil, que compreende, segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), a inserção de crianças de 0 a 6 anos à educação em creches e pré-escolas. Essa inserção é essencial para o desenvolvimento integral da criança, em todos os aspectos: físico, psicológico, social e intelectual, complementando os ensinamentos da família e da comunidade. Ela assegura ao educando a formação comum indispensável para o exercício da cidadania, bem como meio para o progresso nos estudos e trabalhos posteriores. Observando historicamente, a Educação Infantil, no Brasil, foi encarada de várias formas: assistencialista, com função higiênica ou sanitária e, agora, a mais recente, como função pedagógica, tratada na LDB na Seção II, do Capítulo II da Educação Básica. Vemos que, a Educação Infantil, em nosso país, constitui um sistema educacional que reforça a exclusão e a injustiça social, havendo dois tipos de Educação Infantil: a dos “pobres”, onde as crianças, filhas de classes trabalhadoras precisam freqüentar a escola, para que no futuro, possam ter instrução suficiente para desempenhar seu papel na sociedade, o papel de trabalhador, sendo que essas crianças chegam à escola com vários tipos de deficiência: culturais, nutricionais, cognitivas, afetiva, etc. Nessa classe trabalhadora há mães que precisam de um lugar para deixar seus filhos e assim, saírem para trabalhar, por isso os deixam em creches e pré-escolas públicas, onde essas deficiências são supridas, visto que, por serem consideradas muito carentes, qualquer atendimento dispensado a elas é satisfatório, pois seria uma melhoria nos estímulos recebidos em seu ambiente natural. Dessa maneira encontramos classes superlotadas, espaço físico improvisados, pouco adulto para atenderem inúmeras crianças, falta de estímulos que incentivem o gosto pela educação, despreocupação com o educar e o cuidar (práticas indissociáveis), afinal, a criança está na escola