a década de ouro
Tanto a Inglaterra quanto o Estados Unidos tiveram um alto crescimento econômico, após a primeiras guerra mundial, em 1919, a uma pujança sem precedentes. Segundo Hendriksen, “a década que conduziu a 1929 foi um período muito bom – aparentemente bom demais, em retrospecto”. Naqueles anos, nem o mais pessimista dos analistas econômicos poderia prognosticar o que estava por vir.
Enquanto o mercado econômico e contábil americano tentava equacionar seus pontos de vista, a Primeira Guerra Mundial chegava toda uma demanda reprimida. Elevadíssimos investimentos foram disponibilizados e aplicados para atender ao consumo de bens e serviços. Novidades colocadas à disposição da população, como o telefone, o rádio e o cinema, tiveram rápida e generalizada aceitação. Novos modelos de automóveis, comercializados a preços capazes de atender às diversas camadas sociais, fizeram explodir o consumo.
A Indústria automobilística, que, em 1913, produzia 485 mil unidades, em 1919 alcançava quase 2 milhões de veículos. O desemprego americano possuía índices menores do que 3,3%. Enquanto isso, entre 1922 e 1929, a Bolsa de Valores de Nova York quadruplicava seu volume médio negociado.
O economista Irving Fisher, da Universidade de Yale, declarou que “os preços das ações atingiram o que parece seu um platô permanentemente elevado”. Suas palavras revelaram a crença de que o mercado americano havia ingressado em uma era de prosperidade ilimitada.
As conseqüências do comportamento especulativo e do consumo baseado em crédito fatalmente levariam à derrocada da economia, casa os preços das ações não fossem sustentados pelas precisões dos investidores. Quando a corrida pela venda das ações teve inicio , grandes fortunas se perderam da noite para o dia.