A DINÂMICA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS
(fonte: http://www.saude.sc.gov.br/gestores/sala_de_leitura/saude_e_cidadania/ed_07/05_05.html)
ALGUMAS ABORDAGENS APLICADAS AO ESTUDO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS
Existem vários conceitos e esquemas que facilitam a compreensão dos principais fatores envolvidos no comportamento das doenças infecciosas. Entre eles, apresentaremos alguns que nos parecem mais adequados aos objetivos deste livro.
Estrutura epidemiológica
Inicialmente, tentaremos discutir o conceito de estrutura epidemiológica tomando como referencial a evolução do comportamento de algumas doenças infecciosas no município de São Paulo. Com a ressalva de que faremos algumas simplificações, uma vez que nosso objetivo não é discutir a epidemiologia de cada uma das doenças citadas, passaremos a analisar as figuras 15 a 19.
A figura 15 chama-nos a atenção por uma aparente tendência de elevação da mortalidade por difteria nas duas primeiras décadas deste século, possivelmente expressando mais uma melhora do diagnóstico do que um aumento da mortalidade por essa causa.
Entre 1920 e 1970 temos uma reversão dessa tendência, que poderia ser em boa parte explicada possivelmente
(lembre-se: estamos falando em termos de hipóteses) pelo aprimoramento das medidas terapêuticas.
A partir da década de 70, quando as coberturas de vacinação tornam-se mais elevadas, a mortalidade por difteria no município de São Paulo já era muito baixa e praticamente desaparece como causa de óbito a partir de 1980.
Com fundamento nesses dados, podemos dizer que eles sugerem que a queda da difteria como causa de óbito no município de São Paulo esteve intimamente ligada à introdução de tecnologias médicas de aplicação terapêutica e profilática, sendo ainda aceitável a hipótese de que o aparente aumento da mortalidade, no começo do século, refletiu um aprimoramento das técnicas de diagnóstico.
Ao analisarmos a figura 16, vemos uma associação temporal entre a cloração da água de abastecimento