Mononucleose Infecciosa

1. INTRODUÇÃO

A mononucleose infecciosa é uma infecção primária de caráter internacional, podendo ser benigna ou maligna causada pelo vírus Epstein-Barr, podendo apresentar-se através de febre, faringite, linfadenomegalias, atipia linfocitária e aparecimento de anticorpos heterófilos e anticorpos específicos para o Epstein-Barr. (LEAO et al., 1997)
A expressão mononucleose infecciosa surgiu no ano de 1920 com a finalidade de diferenciar essa doença de origem infecciosa das leucemias, por apresentar células mononucleares em amostras de sangue periférico. (LEAO et al., 1996 apud Lecour, 1991)
Na infecção primária, o vírus Epstein-Barr infecta – e se multiplica – nos linfócitos B, enquanto linfócitos T citotóxicos específicos são desenvolvidos e regulam a proliferação das células infectadas. Por isso a infecção pelo Epstein-Barr usualmente é assintomática. (OLIVEIRA et al., 2012)
Popularmente, a mononucleose infecciosa ficou conhecida como “a doença do beijo”, tendo um alto índice na população adolescente (12-25 anos), mas também podem acometer idosos e crianças, não tendo distinção entre sexos, porém, em mulheres, seu pico de incidência ocorre cerca de dois anos antes que nos homens, sendo uma doença de baixa letalidade. (OLIVEIRA et al., 2012)
O vírus Epstein-Barr promovem efeitos complexos no organismo, que acometem mecanismos de respostas imunes em nível humoral e celular. (LEAO et al., 1997)
As manifestações da doença sintomas que são influenciados principalmente pela idade do paciente. Em crianças, geralmente se desenvolvem infecções inaparentes ou atípicas, já em adultos, os sintomas são mais típicos, onde, a febre elevada (que pode ser o único sintoma) está presente na maioria dos casos, acompanhada de cefaléia e calafrios intensos persistindo por uma ou duas semanas. (LEAO et al., 1997)
As principais complicações da mononucleose infecciosa são:
- Complicações respiratórias – Podem ocorrer pneumonites intersticiais e obstrução de vias aéreas