Epidemiologia aplicada
VI Seminário Latino Americano de Geografia Física
II Seminário Ibero Americano de Geografia Física
Universidade de Coimbra, Maio de 2010
Alterações climáticas, riscos ambientais e problemas de saúde: breves considerações
Dirley dos Santos Vaz
Introdução
Diante dos novos desenvolvimentos tecnológicos e produtivos condicionados, principalmente após a
Primeira Revolução Industrial, foi imputada ao meio ambiente uma grande carga de impactos nocivos à sustentabilidade do planeta.
No entanto, a displicência que o homem tem empreendido nas suas ações para com o meio ambiente e até mesmo para com o seu semelhante tem-no colocado diante de um perigo iminente em que se destacam os eventos climáticos extremos decorrentes de perturbações ambientais que vêm sendo acumuladas pela sociedade, bem como, pelas crescentes desigualdades socioeconômicas polarizadas pela globalização econômica.
Em relação a diversas manifestações climáticas de extrema proporção, podemos perceber que numa perspectiva temporal as consequências que atualmente parecem ser momentâneas estendem -se no espaço e no tempo a partir de dinâmicas diretas ou indiretas. Diante de uma tempestade que após seu ápice, fica períodos de precipitações contínuas causadoras de inundações, alagamentos, entre outras, gera uma série de passivos socioeconômicos e ambientais, que podem ir desde a perda de plantações, demanda inesperada por gastos públicos em sectores de infraestruturas como construção ou reformas de pontes de rodovias, necessidade de disponibilizar verba destinadas a ajudar desabrigados.
A vinculação de doenças epidêmicas infecciosas e parasitárias tende a agravar devido ao período necessário a ciclo de reprodução dos vetores de transmissão de doenças, tais como mosquitos, roedores, etc. Isto tem proporções que evidenciam no cerne da saúde pública uma atuação complexa, em que, muitos casos, os governos não dispõem de medidas preventivas e nem sequer pró reativas diante da