A Dinâmica Comercial e a Integração no Mercosul
Acompanhando o processo de globalização produtiva e financeira e impulsionada pelo dinamismo da interação comercial, inicia-se uma nova fase de integração econômica internacional na América Latina; a constituição do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Na prática, o bloco regional encontra-se em um estágio de união aduaneira imperfeita, ancorado por uma Tarifa Externa Comum cerceada de Tarifas de Exceções Nacionais.
A formação do bloco regional, inicialmente, ampliou o fluxo comercial entre os países membros e contribuiu para elevar o grau de interação entre as economias da região. Desajustes macroeconômicos das economias dos países integrantes, crises internacionais que restringiram os investimentos do capital estrangeiro na região, conflitos comerciais intra-bloco e os desarranjos institucionais, foram algumas das variáveis que influenciaram negativamente no processo de consolidação do bloco.
O Tratado de Assunção apresentava como objetivos da integração regional, a livre circulação de bens de serviços e fatores produtivos entre os países via eliminação das tarifas e restrições alfandegárias, e também, a harmonização política, comercial, macroeconômica e institucional dos países membros para a promoção do desenvolvimento regional e de elevação da inserção e competitividade internacional.
Neste contexto, compreender o processo de formação e evolução do Mercosul ao longo dos seus 15 anos de constituição, analisando os progresso e retrocessos do bloco sob diversas perspectivas, tem inspirado diversos autores. Assim, neste trabalho, procura-se estudar o processo de desenvolvimento do Mercosul pela perspectiva do comércio, isto é, da análise do intercâmbio comercial entre os países membros (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). Entretanto, questões que tratam da articulação regional, como as assimetrias institucionais, produtivas e econômicas dos países integrantes, também são apontadas no trabalho, haja vista que, aquelas variáveis afetam