trabalho
AdriAnA S. BenAtti | adriana.benatti@gmail.com
Doutoranda da Universidade de São Paulo. São Paulo
Resumo: O artigo busca assinalar os principais impactos e interferências do avanço da economia chinesa – em termos de políticas e práticas relacionadas a desenvolvimento industrial, comércio exterior e investimentos – sobre o processo de integração regional do MERCOSUL Palavras-chave China, MERCOSUL, integração regional, desenvolvimento industrial, dependência.
Introdução
No início dos anos 1990 alguns fenômenos de distinto caráter delinearam-se no sistema internacional e, a priori, configurava-se praticamente inexistente a perspectiva de que um deles viesse a impactar, em alguma medida, no desenvolvimento do outro.
Simultaneamente à gradual abertura econômica latino-americana, houve o início do processo de integração econômica regional entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, em 1991, sob a égide do Mercado Comum do Sul – MERCOSUL.
Adicionalmente, foi nesse mesmo período que o Estado chinês delineou e estabeleceu os principais pilares que sustentariam o crescimento de sua economia.
A despeito das críticas internacionais às estratégias comerciais e de desenvolvimento econômico adotadas pelo Estado chinês e da falta de uniformidade em relação ao seu reconhecimento como economia de mercado, durante as duas últimas décadas, em especial, a economia chinesa apresentou altas taxas de crescimento, fato que acarretou em transformações significativas na dinâmica do sistema econômico internacional. Já em 2009, em termos de paridade do poder de compra, a
China configurou-se como segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos
Estados Unidos, e seu Produto Interno Bruto respondeu por cerca de 8,3% de toda a riqueza produzida no planeta.
Entende-se que o processo de integração econômica regional iniciado pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, em 1991, não esteve