a dimensão social do ser humano
O homem é reconhecido como um animal social: “qualquer um que não consegue lidar a vida comum ou é totalmente auto-suficiente que não necessita e não toma parte da sociedade, é um bicho ou um deus” (Aristóteles, 384-322 a.C.). O homem como ser social está envolvido de alguma forma evidente de relacionamento com outros: dando suporte, demandando, ditatorial, justa, explorativa ou altruísta. Tais características poderia aumentar ou diminuir o bem-estar social subjetivo das pessoas. Freud (1922), nos seus escritos sobre psicologia de grupos e na análise do ego, considerou que sendo membro de um grupo satisfaz necessidades e desejos psicológicos básicos.
A sociedade como um sistema complexo
Durante muitas décadas, as sociedades modernas contemporâneas forma consideradas área de preocupação de outros ramos das Ciências Sociais, isto é, da Sociologia na qual se considerava que as sociedades “simples” deveriam ser objeto privilegiado da Antropologia. Pode-se afirmas que somente nos anos sessenta se iniciou o processo de inclusão das “sociedades complexas” como objetivo legitimo da Antropologia, processo este que teve como pano de fundo um sentimento de crise que tomou conta dos antropólogos da época.
O processo de socialização
O processo pelo qual os indivíduos formam a sociedade e são formados por ela é chamado de socialização. A imagem que melhor descreve esse processo é a de uma rede tecida por relações sociais que vão se entrelaçando e compondo diversas outras relações até formar toda a sociedade.Cada indivíduo, ao fazer parte de uma sociedade, insere-se em múltiplos grupos e instituições que se entrecruzam, como a família, a escola e a Igreja. E, assim, o fio da meada parece interminável porque forma uma complexa rede de relações que permeia o cotidiano. Ainda que cada sujeito tenha sua individualidade, esta se constrói no contexto das relações sociais com os diferentes grupos e instituições dos quais ele participa, tendo por