A desidratação de álcool por peneira molecular
A maior parte das usinas e destilarias brasileiras está no momento pensando na solução de duas questões: a substituição do benzol por ciclo-hexano ou outro agente desidratante e o aumento de capacidade de produção de álcool anidro.
Nesta hora cabe pensar em uma alternativa de processo que é a utilização de peneira molecular, pois dependendo das condições de cada usina ou destilaria esta é uma possibilidade que pode ser técnica e economicamente interessante.
Pretendemos neste artigo fazer uma descrição sucinta do processo com suas vantagens e desvantagens, e em seguida listar as situações em que a peneira pode ser uma alternativa vantajosa.
O processo por peneira molecular utiliza como elemento desidratante substâncias minerais chamadas zeólitos (estruturas cristalinas de alumínio-silicatos), os quais são conhecidos pelo homem desde há muito tempo. Existe uma grande gama de zeólitos naturais e uma classificação específica dos mesmos segundo a configuração da sua estrutura cristalina.
Os zeólitos passaram a ter utilização industrial, principalmente na indústria petroquímica, a partir de 1962. Hoje em dia os zeólitos comerciais são substâncias sintéticas produzidas por várias empresas.
No caso da desidratação do etanol, são utilizados zeólitos sintéticos de estrutura cristalina do tipo A, material este que se apresenta na forma de pequenas esferas, e que por este motivo é às vezes chamado de “resina”, embora o processo em questão não envolva resinas de troca única.
Os zeólitos sintéticos têm a característica de apresentar porosidades cujas dimensões são praticamente constantes. A Figura 1 indica um diagrama no qual aparece a distribuição dos tamanhos de porosidades para três materiais distintos. Este diagrama mostra que as porosidades dos zeólitos estão na faixa de 10 SÍMBOLO 143 \f “MS LineDraw” (SIMBOLO 143 \f “MS LineDraw” =m.10-9), o que significa dimensões na faixa de “moléculas”, o que