A dançarina e o ladrão

A Dançarina e o Ladrão – Análise Fílmica

O filme apresenta o drama vivido pela jovem bailarina Victoria Ponce, após a perda trágica de seus pais durante a brutal ditadura do general Augusto Pinochet, no Chile, que durou 17 anos (1973-1990) e foi responsável por milhares de assassinatos. Esse triste fato, fez com que a moça perdesse a fala, devido ao caráter catastrófico da situação. Afinal, tudo ocorreu quando Victoria era apenas uma criança, ocasionando fortes consequências psicológicas a sua vida. Mesmo assim, ela foi adotada por uma humilde professora de balé, que permitiu que a menina frequentasse as aulas. Todavia, o longa-metragem se inicia com o anúncio da anistia concedida a diversos presos do país pelo governo, que no momento, era democrático. Beneficiados por esse ato, Angel Santiago (Querubim) e Nicolás Vergara Grey são libertados da prisão. Apesar de ambos serem criminosos, a gravidade dos delitos cometidos por eles é inteiramente diferente. O primeiro nunca havia sido condenado, foi levado ao cárcere após ter realizado um passeio inocente com o cavalo de um homem muito rico, porque ele é um apaixonado por equinos. Essa injustiça alimentou no garoto a vontade incontrolável de se vingar do diretor do complexo penitenciário. Em contrapartida, o segundo é um ilustre ladrão de cofres e caixas fortes, que construiu sua fama ao longo de muitos anos. O destino dos dois se cruzou por causa de um companheiro de prisão, Nano. Ele explicou à Santiago, que se apaixonou e foi acolhido pela frágil Victoria, um plano aparentemente perfeito de um roubo que deveria ser realizado quando ele saísse da penitenciária. Tratava-se de um dos cofres que armazenava uma quantia enorme em dinheiro, a qual pertenceu à Pinochet. Contudo para que esse assalto se efetivasse, Angel precisaria de um parceiro que dominasse a arte de violar cofres sem levantar suspeitas agravantes. E essa pessoa era Vergara Grey. Porém Nicolás não estava disposto a correr novamente o