A dança popular e a dança elitizada

A DANÇA POPULAR E A DANÇA ELITIZADA

A gente pergunta e pergunta, mas nunca o suficiente. A gente dança e dança, mas a expressão encontra seus limites. (Hijikata)

Atualmente constatamos a existência de idéias solidificadas, onde a sociedade é resistente em aceitar mudanças, transformações e considerar diferenças. Apesar de ser um mundo onde impera a hegemonia das formas, gostos e opiniões, há grupos organizados que buscam a transformação e a superação da hegemonia.
Toda e qualquer manifestação ou produção humana, científicas, artísticas ou não e outras, independente do meio ou da origem, devem atingir e agregar pessoas de todas as classes sociais, sem qualquer preconceito, quer seja, quanto ao gênero, etnia, posição social ou opção sexual. O que podemos perceber é que cada vez tais conhecimentos estão favorecendo a poucos de forma elitizada.
A arte e a cultura, em suas manifestações estão historicamente e socialmente unidas às formas de organização social em que as originaram. A dança elitizada surgiu a partir do momento que foi escrita para poucos, só acessíveis aos mestres de dança. A população menos privilegiada encontrava dificuldade ao acesso a esses espetáculos. Assim, com esse texto crítico, podemos ponderar sobre a importância do ensino da dança como meio de formação humana, contrastando duas formas de manifestação artística, opostas na leitura dançante: A dança popular e a dança elitizada.

A DANÇA

"Dança é a arte que se despe de implementos para se exprimir. É unicamente o corpo que se dá ao movimento rítmico." ( Alceu M. de Araújo)

A dança é uma das principais artes cênicas que já existiu e existe. Ela se expressa através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria dos signos de movimento. O corpo se movimenta independente da utilização de qualquer vibração sonórica, o que a caracteriza. Tais movimentos podem ser estabelecidos ou improvisados. Apresenta-se como diversão, manifestação artística ou cerimonial.