A cultura interfere no plano biológico.
A cultura interfere no plano biológico
A cultura pode interferir na satisfação das necessidades fisiológicas básicas e também em diversos outros aspectos biológicos, podendo até mesmo decidir sobre a vida e a morte dos membros do sistema, dependendo do quão grande é a fé desses membros em sua cultura.
Um exemplo é o da tribo Kaingang. Muitos membros, após perceberem que seus esforços contra a sociedade branca que invadiu suas terras para construir a estrada de ferro Noroeste eram em vão, se suicidaram, pois não aguentaram serem removidos de seu ambiente natural e levados para outro lugar e terem sido inseridos em uma cultura totalmente diferente da deles.
Tribo KaigangHá também um exemplo de interferência da cultura no plano biológico sobre a etnografia africana, na qual a vítima acredita tão veementemente no poder do mágico e da sua magia, que realmente morrem.
Além disso, há outro campo que tem sido bastante estudado, que é o das doenças psicossomáticas, que são fortemente influenciadas pelos padrões culturais, como quando alguém acredita que a combinação de leite com manga faz mal ao estômago, e por acreditar, acaba se sentindo mal.
Em cada cultura podemos observar os diferentes horários que as pessoas sentem fome. Como no Brasil, onde estamos condicionados a sentir fome ao meio-dia.
A cultura também é capaz de promover a cura de doenças reais ou imaginárias, pois a fé do doente na eficácia do remédio ou no poder de agentes culturais, faz com que estes o curem. Como é o caso dos rituais de cura realizados por xamãs de tribos da nossa sociedade. O xamã realiza um ritual com danças, cantos e a defumação do paciente com o cigarro do líder. Os membros da tribo acreditam tanto no poder do xamã, que ao final da sessão se sentem melhores, na maioria das vezes curados.
Xamã realizando ritual de cura
Como podemos ver, há inúmeros casos onde podemos ver a forte crença dos membros de uma comunidade pela sua cultura,