A crítica de Hegel ao dualismo moderno
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FILOSOFIA E PSICOLOGIA II
ALUNO: ARTHUR VINICIUS SILVA LIMA
A crítica de Hegel ao dualismo moderno
A filosofia de Hegel se propõe a uma superação do dualismo sujeito-objeto, pois trata-se de unir opostos, fenômeno e coisa-em-si. Kant separa o fenômeno da coisa-em-si e promove um conhecimento parcial, visto que através da razão só é possível pensar o noûmeno, já que este não é objeto de entendimento. Para Hegel, o conhecimento é a totalidade, e é resultado, e não algo intangível como propôs Kant. O sujeito para Hegel não se coloca como expectador diante do objetom mas sim conhece algo que é existente, portanto real.
Os modernos colocam como primeiro critério a dúvida, tendo o Eu como ponto de partida, e para Hegel, é justamente neste principio que o pensamento moderno erra. Esse próprio critério da dúvida, deveria, antes, ser posto ele mesmo em dúvida. Os modernos se separam do absoluto, onde estaria compreendida a verdade, e de fora, tentavam conhecê-la. Hegel afirma, porém, que o individuo não pode estar fora do absoluto, sendo a verdade também parte do asboluto. Portanto qualquer discurso fora da verdade não poderia ser verdadeiro. Fora da verdade, todo discurso já é, por si só, inicialmente falso. A verdade só pode ser alcançada na não separação entre sujeito/objeto.
O principio lógico moderno parte do particular em busca do absoluto. O resultado deste princípio só faz possível alcançar a totalidade, um mundo quantitativo, e não o absoluto. Para Hegel, só o absoluto é verdadeiro, e, portanto só o verdadeiro é absoluto. Não é possível, desta forma, alcançar a verdade ao se colocar fora dela, pois o conhecer não pode estar separado do absoluto. Não pode haver uma dicotomia entre o Eu e a verdade. Hegel percebe este equivoco e tenta superá-los através do saber fenomenal, colocando a consciência natural como caminho para o saber verdadeiro, alcançável dentro do próprio fenômeno.