MARX CONTRA HEGEL
Sabemos que Marx, para formular suas teorias, foi influenciado por dois teóricos de suma importância, sendo um deles o famoso filósofo Hegel e o outro, não menos importante, Feuerbarch. Marx bebe nas teorias desses dois autores, abstraindo muito deles, mas também criticando de forma acirrada aos dois.
Segundo Marx a grande falha de Feuerbarch foi o fato de que em seus estudos ele se restringiu a estudar e a criticar somente a religião, esquecendo-se de um ponto tão importante quanto, que era, a política. Mas como o próprio título já deixa bem claro, nosso foco de estudo é o que Marx tem de fato contra Hegel, ou seja, o porquê de Marx ter rompido com a filosofia Hegeliana e onde houve em seus estudos, um avanço epistemológico em relação ao grande mestre (Hegel). Um momento de grande relevância para o pensamento de Karl Marx é quando, em 1843, ele se confrontar-se com a Filosofia do Direito, texto escrito por Hegel. Esse estudo foi uma tentativa de dar continuidade a lutar que ele já travava contra o Estado prussiano. Como resultado desse estudo tivemos os Manuscritos de Kreuznach. Interessante ressaltar que o autor Celso Frederico considera tal estudo como sendo “a maior aventura intelectual de toda a história do pensamento”. Isso devesse ao fato de que o Marx confronta as teorias de Hegel em um momento em que elas eram dominantes no Estado prussiano, tais conjecturas foram tão importantes ao ponto de formar duas alas que se enfrentavam: a direita hegeliana (conservadora) e a esquerda hegeliana, ou jovens hegelianos (revolucionários).
Devemos aqui abri aspas para ressaltar algo que nos chama atenção, que é o fato de a esquerda hegeliana tentar se valer das mesma teorias que eram usadas para justificar o Estado que eles próprios desaprovavam, cremos que isso só aconteceu porque não existia outra teoria que pudesse competir com as teorias de Hegel, além de que seria uma verdadeira jogada de mestre conseguir usar a