A Critica sobre a Religião
A religião não se liquida com a abstinência dos atos sacramentais e a ausência dos lugares sagrados e desejo sexual não se eliminam com os votos de castidade.
É necessário reconhecer a religião como presença invisível, sutil, disfarçada, que se constitui num dos fios com que se tece o acontecer do nosso cotidiano, ela está mais próxima da nossa experiência pessoal do que desejamos admitir.
Através de centenas de milhares de anos os animais conseguiram sobreviver por meio da adaptação física. O animal faz com que a natureza se adapte ao seu corpo. Vemos as maravilhas da natureza onde os animais já nascem com sabedoria para sua sobrevivência sem freqüentar escola e sem ninguém para ensiná-los. Cada corpo produz sempre a mesma coisa já o homem diferentemente do animal tem o seu corpo, não é o corpo que o faz e sim ele que faz seu corpo.
Os homens se recusam a ser aquilo que o passado lhes propunha, tornaram-se inventores de mundos.
É necessário reconhecer que toda nossa vida cotidiana se baseia numa permanente negação dos impulsos sexuais, os gostos alimentares, a sensibilidade olfativa, o ritmo biológico deixou de ser expressões naturais do corpo transformadas de entidade da natureza em criação da cultura.
Os homens parecem ser constitucional desadaptados ao mundo, o homem é um ser racional, ser de pensamento, ser de desejo. Desejo pertence aos seres que se sentem privados, que não encontram prazer naquilo que o espaço e o tempo presente lhes oferecem. Sonhos são aglomerados de absurdos, que não devemos prestar atenção. Sendo o