Resenba - Questão Judaíca de Marx

MARX, Karl. Sobre a questão Judaica, SP, boitempo, 2010.

Karl Marx escreveu o Ensaio “Sobre a questão Judaica” no outono de 1843, ele fala sobre as condições dos judeus alemães em meados do século XIX, e a partir da sua analise crítica estabelece propostas para a solução de suas questões concretas. Um marco importante desta obra é o fato sua passagem definitiva do democratismo liberal-radical para o materialismo histórico e o comunismo. Marx aborda sobre a luta de classes e a revolução permanente. O ensaio critica estudos sobre a tentativa dos judeus de conseguir emancipação política na Prússia, um deles é de autoria de outro jovem hegeliano, Bruno Bauer. Para Bauer, demandas religiosas são incompatíveis com a ideia de "Direitos do Homem." Bauer acredita que a emancipação política verdadeira requer a abolição da religião. Marx critica a religião como uma crítica da concepção de Estado que se constitui como base e estrutura do Estado alemão do século XIX para Marx, “a religião é o soluço da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de uma situação carente de espírito, é o ópio do povo”. Segundo Marx, para resolver os problemas sociais e políticos e realizar o projeto de uma sociedade sem classes, é preciso suprimir a religião. Com isso, segundo Marx o fim total da religião se dá quando a sociedade toma consciência de que a religião impede a transformação da sociedade, alienando o homem e criando “uma consciência invertida do mundo”, todavia, só se torna possível depois da destruição das raízes sociais desta, no caminho da construção do comunismo. Marx acredita que os judeus têm as características que impedem a transformação da sociedade e colaboram para a alienação humana. Assim, os judeus são pessoas capitalistas e egoístas, e a religião era algo opaco que obscurece a realidade das coisas. Marx usa o ensaio de Bauer como uma oportunidade para a sua própria análise dos direitos liberais. E segundo Mark, Bauer