A crise e a renovação da igreja no período da reforma
DREHER, Marin N. A crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma. Coleção Histórica da Igreja, v. 3. São Leopoldo: Sinodal, 1996.
2. DADOS DO AUTOR Martin Norberto Dreher cursou Teologia na Faculdade de Teologia da IECLB, formando-se em 1970. Possui doutorado em História da Igreja, pela Ludwig- Maximilians Universitat, em Munique (1975). Foi professor de Teologia e pastor em diversas paróquias da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Atualmente é professor titular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), tem diversas obras vinculadas à história da Reforma do século XVI, da igreja da América Latina, história da colonização e imigração da América Latina, principalmente germânica.
3. RESUMO
A Reforma não pode ser explicada a partir de um único acontecimento ou a partir da ação de uma única pessoa. A Reforma não iniciou com a divulgação das 95 teses de Lutero em 31 de outubro de 1517. Muito antes de Lutero haviam se criado situações, haviam sido difundidas idéias, despertados sentimentos que provocaram e possibilitaram o conflito com a Igreja de então. Pode-se dizer que tais sentimentos estavam a exigir o que acabou acontecendo no século XVI.
As origens da Reforma devem ser procuradas no processo emancipatório do final da Idade Média, que levou à Idade Moderna. A Reforma deve ser vista como um período entre a Idade Média e a Idade Moderna.
A tensão existente entre Sacerdócio e Império caracteriza a unidade da Igreja no sistema de cristandade medieval.
Para assegurar a independência da Igreja, o papado buscou enfraquecer o poder do Império. Em conseqüência, os papas chegaram até a assumir o comando político do mundo ocidental de então. Quanto mais, porém, o papado ampliava seu poder no âmbito temporal, tanto mais oposição encontrava em um mundo do qual sobressaíam as diferenças nacionais e que lutava por autonomia. A conseqüência foi que se inverteu a ponta e, usando os mesmos argumentos dos papas, passou-se a