A crise e a renovação da igreja no período da reforma
DREHER, Martin Norberto. A Crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma. Coleção História da Igreja. São Leopoldo: Sinodal, 1996.
Dados do autor:
Nome: Martin Norberto Dreher
Formação: Graduado em Teologia pela Escola Superior de Teologia (EST) e doutor na mesma área pela Universitat Munchen, Alemanha.
Fichamento:
“[...] a Reforma não iniciou com a divulgação das 95 teses de Lutero em 31 de outubro de 1517. Muito antes de Lutero haviam se criado situações, haviam sido difundidas ideias, despertados sentimentos que provocaram e possibilitaram o conflito com a Igreja de então.” Pág. 14
“As origens da Reforma em um sentido bastante amplo devem ser procuradas no processo emancipatório do final da Idade Média, que levou à Idade Moderna. [...] a Reforma deve ser vista como um período entre a Idade Média e a Idade Moderna.” Pág. 14
“[...] a tensão existente entre Sacerdócio e Império caracteriza a unidade da Igreja no sistema de cristandade medieval. [...]" a Idade Média é um período de sutil equilíbrio entre Sacerdócio e Império. [...] Para assegurar a independência da Igreja, o papado buscou enfraquecer o poder do Império. [...] Quanto mais, porém, o papado ampliava seu poder no âmbito temporal, tanto mais oposição encontrava em um mundo no qual sobressaíam as diferenças nacionais e que lutava por autonomia. A consequência foi que se inverteu a ponta e, usando os mesmos argumentos dos papas, passou-se a exigir a autonomia do Estado em relação ao poder religioso. Pág. 14
“Após o cisma (1378 – 1417; 1449) e depois do Concílio de Basiléia, os papas tiveram que buscar reconhecimento junto aos príncipes, imperadores e reis, concedendo ao Estado grandes poderes sobre a Igreja. O resultado foi o surgimento das Igrejas Territoriais, isto é, de Igrejas dependentes do poder secular, que tanto podia ser representado pelo rei, príncipe como pelos conselhos municipais." Págs. 14/15
“Naqueles territórios, porém, nos quais o senhor territorial era ao