A crise do trabalho escravo e a transição para o trabalho livre

A crise do trabalho escravo e a transição para o trabalho livre
Após a independência, o Brasil manteve a mesma estrutura socioeconômica do período colonial. A estrutura política também não se alterou, os engenhos continuaram em decadência e o café começava a ganhar destaque.
As mudanças ocorridas no exterior, principalmente na Inglaterra, quanto à visão da escravidão, fez com que a existência de trabalho escravo tornasse insuportável para os padrões éticos vigentes.
Portanto, a Inglaterra passou a exercer sua influencia sobre o Brasil para exigir o fim da escravidão. A Inglaterra necessitou de medidas duras para interromper o fluxo de escravos para o Brasil, visto que os primeiros acordos não foram cumpridos pelo Brasil. A proibição do tráfico ocorreu com a assinatura da Lei Eusébio de Queiros, de 1850. Mas a escravidão ainda resistiu algumas décadas. Como no Brasil os escravos apresentavam uma taxa de crescimento demográfico negativo, devido às precárias condições de vida, a população escrava reduziu muito após o fim do tráfico. A proibição do tráfico também provocou um vazamento na renda da economia brasileira, permitindo que os recursos para a compra de escravos se voltassem para a economia interna. Em 1850 o país começa a enfrentar o problema da falta de mão de obra devido ao fim do tráfico. Em contrapartida crescia internamente as pressões abolicionistas que culminaram com a Lei Áurea em 1888. Os escravos libertos preferiram ir para o setor de subsistência e isso foi possível graças a abundância de terras existente. Portanto o problema da mão de obra para as lavouras precisou ser equacionado com a imigração de europeus, principalmente. Quanto à existência de contradição ente a escravidão e o desenvolvimento do capitalismo, existem algumas considerações a serem feitas. A escravidão nas Américas foi de enorme escala, envolvendo um número elevadíssimo de migrantes forçados e um longo período de duração. Outra característica da escravidão colonial é o