Aspectos economicos e sobre a modernização do brasil
Em referência ao período estudado (segundo Reinado), com os autores trabalhados e o filme contemplado para uma representação desse contexto histórico, analisaremos nesse texto, de forma concisa, os aspectos econômicos através da concepção de trabalho que se tinha e que foi se transformando num tempo relativamente curto. Essa explanação será breve, mas visa mostrar as profundas contradições existentes não só em âmbito econômico, mas social e político daquele momento.
Num período de visíveis transformações estruturais, o século XIX foi o ponto culminante de tais ocorrências, para Caio Prado Junior, foi o momento em que o Brasil pode ser entendido como Capitalista, devido ao fato de começar a constituir-se uma burguesia neste Império. Nessa percepção vemos algo um tanto contraditório, pois a burguesia que vai se constituindo nada mais é do que uma extensão daquela “aristocracia agrária” de caráter altamente conservador. Nesse momento o eixo econômico desloca-se do Nordeste para o Sul, deslocando também a importância do produto produzido (do açúcar para o café), e é nesse contexto que se propõe o fim do tráfico negreiro internacional. Tal proposta abolicionista a principio trouxe estabilidade econômica para o país, com uma posterior crise. Estabilidade porque como não havia mais aquele grande investimento em tráfico, sendo assim, gerou-se um superávit, que pode ser investido em modernização, através de uma melhor distribuição dos produtos facilitado pela construção de fábricas, ferrovias etc. (essa industrialização ainda é incipiente). Logo em seguida vem à tona a questão do trabalho, que agora passa a ser o centro das atenções (juntamente com a terra), pois há a necessidade de mão-de-obra para se trabalhar nessas grandes terras (que agora são cafeicultoras), mas a questão então