A crise do sistema colonial
A crise do Antigo Sistema Colonial.
“Se, na realidade, a posição relativa de Portugal e do Brasil no quadro das relações internacionais do fim do século XVIII, permite-nos começar a perceber o modo especifico de como são envolvidos pela crise do Sistema Colonial e do Antigo Regime, é claro que precisamos agora explicitar a natureza e os mecanismos dessa crise em si mesma. È do estudo do próprio sistema de colonização que temos de partir, pois a crise, que então se manifesta, expressa mecanismos profundos, que só se apreendem nessa análise global e generalizadora”... P 57
(...) “Nos tempos Modernos, contudo, tal movimento se processa travejado por um sistema específico de relações, assumindo assim a forma Mercantilista de colonização, e esta dimensão torna-se para logo essencial no conjunto da expansão colonizadora européia. Noutras palavras, é o sistema colonial do mercantilismo que dá sentido á colonização européia entre os Descobrimentos Marítimos e a Revolução Industrial”. P 58
(...) “As relações coloniais podem, na realidade, ser apreendidas em dois níveis: primeiro, na extensa legislação ultramarina das várias potências colonizadoras (Portugal, Espanha, Holanda, França, Inglaterra); segundo, no movimento concreto de circulação de umas para as outras, isto é, no comércio que faziam entre si, e nas vinculações político-administrativas que envolviam”... P58
(...) “Paralela e contemporaneamente, enquanto se desenrola o processo concreto da colonização, os corifeus da economia mercantilista teorizam a posição e função das colônias no quadro da vida econômica dos Estados europeus; fixam, assim, num plano mais abstrato, os fins e objetivos visados nos empreendimentos coloniais, e a legislação não faz na realidade mais que tentar levar a prática, os princípios formulados pela teoria mercantilista”. P 59
(...) “Fomulou-o, entre tantos outros, antes e depois, com meridiana clareza, Postlethwayt em 1747: >. Noutros termos, e em