A crise do mercosul
Até meados de 1999, o MERCOSUL vivia um cenário positivo. Brasil e Argentina haviam conseguido estabilizar suas economias e a região vivia um cenário político de relativa tranquilidade. Quando as economias do Brasil e da Argentina começaram a sofrer com as crises externa e, logo em seguida, com suas próprias crises internas, a situação 'desandou'. Novas lideranças políticas surgiram no final dos anos 90, criando até mesmo situações de hostilidade em alguns casos.
"Em especial, as relações entre Brasil e Argentina endureceram desde então e o Mercosul tem convivido com uma série de crises", diz o professor da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) Pio Penna Filho, que também é pesquisador da UnB (Universidade de Brasília). Para o docente, no entanto, encarar as crises tem sido um mérito do Mercosul - e nem de longe significa o fim do bloco. "Todas essas situações fazem parte de um processo natural de amadurecimento do Mercosul."
Em 1999, houve o inicio de uma crise muito grande no MERCOSUL, cujas principais causas foram:
• Desvalorização do real:
• Situação econômica da Argentina;
• Problemas criados pelo Uruguai e Paraguai;
• Criação da Arca.
Desvalorização do Real
Após a desvalorização do real em 1999, Argentina e Brasil passaram por um período de desgaste em suas relações diplomáticas e comerciais. É justa a queixa Argentina, de que a desvalorização do real tornou os produtos brasileiros mais baratos e competitivos para o comércio internacional, prejudicando suas exportações, assim como passando a competir em posição privilegiada em seu mercado interno. A desvalorização do real não foi predatória, mas necessária para evitar um colapso cambial. A partir de 1993, o saldo das Transações correntes de nosso Balanço de pagamentos passou a ser devedor. De 1993 a 1998, o total de déficit em transações correntes foi de U$$ 112 bilhões. Se o governo brasileiro não tivesse desvalorizado o real, teríamos o agravamento da crise