A crise de 2008 e o pluralismo
Instituto de Ciência Política
Política e Economia Mundial
Professor: Juarez de Souza A (im)previsibilidade da crise e o pluralismo da economia
Luís Felipe Lopes Milaré(Revista de Economia Política, vol. 33, no 4 (133), pp. 659-670, outubro-dezembro/2013)
O artigo de Luís Felipe Lopes Milaré tem como objetivo mostrar como a falta de pluralidade da economia pode ter acarretado em uma grande crise que, a principio, poderia ter sido prevista e evitada.
As teorias buscam uma simplificação da realidade para que possamos entedê-la e fazer previsões. Mesmo com uma grande busca pelo realismo, as teorias nunca são capazes de relatar a realidade em seu total e se nos atermos a apenas uma teoria, nossa visão da realidade será ainda menor. A falta de pluralismo dentro da economia fez com que as pessoas tivessem a sensação de que a crise fosse algo muito imprevisível, uma vez que a teoria hegemônica, ensinada na maioria das universidades, não conseguiram prever a grande crise que se instaurou.
A linha neoclássica, utilizada pela maior parte de pesquisadores e mais ensinada nas universidades, se baseia no método hipotético-dedutivo, no qual a generalização se baseia na observação da realidade, e na racionalidade econômica, na qual expectativas racionais não precisam se basear na realidade dos pressupostos. Assim, mesmo com um grande aparato matemático, e uma grande legitimação como verdadeiramente cientifico, esse método acaba deixando de lado vários pontos realidade e também não se atêm ao fato da realidade não ser estática. Mas ao passo que esse modelo foi focando cada vez mais em teorias matemáticas complexas, foi perdendo grande parte de sua empiricidade.
Com isso, se olharmos as teorias puras, vemos que elas não conseguem nos ajudar a entender a realidade, uma vez que não precisam de comprovação empírica. No entanto, não existe apenas uma teoria econômica, o pluralismo advoga o embate de ideias e teorias diferentes para que elas