A crise da sociedade do trabalho
O pensamento contemporâneo tornou-se (quase) lugar comum falar em ‘’Desaparição do trabalho’’. De modo sintético, podemos assim introduzir a problemática crise da sociedade do trabalho tornando algum de seus mais expressivos formuladores.
Andre Gorz: Em Adeus ao proletariado, como o próprio titulo indica limpidamente, vaticinou em 1980 o fim do proletariado e com ele grande parte (se não a totalidade) das ações decorrentes das forças sociais do trabalho. Se não foi o 1º, foi um dos mais contundentes críticos da sociedade do trabalho.
Claus Offe: em meados dos anos de 1980, escreveu seu conhecido ensaio “trabalho: categoria sociológica-chave?” em que, reconhecido a ampliação da sociedade de serviços e acrescentando que sua lógica não se pautava pelo cálculo econômico, pela mesma racionalidade do capital privado, tematizou criticamente sobre a retração e mesmo a perda da centralidade do trabalho na busca do sentido estruturante do ser social no mundo contemporâneo.
Habermas: partindo dês estudo e indicações empíricas de ambos foi muito alem em seu exercício analítico ao substituir a prevalência da esfera da razão instrumental, dada pelo trabalho assalariado que cria o capital para a esfera da razão comunicativa, pela esfera da intersubjetividade. É conhecida a sua critica em theory of communicative action.
Habermas atribui a Marx a redução de esfera comunicacional a ação instrumental. Como contraposição, realiza uma sobrevalorização e disjunção entre essas dimensões decisivas da vida social, e a perda desse liame indissolúvel permite que ele valorize e autonomize a esfera comunicacional.
O trabalho: um valor em vias de desaparição retoma o universo habermasiano e também o espírito weberiano do “desencanto do mundo”
“culto ou a utopia do trabalho, presente nos pensamentos cristão e marxista”, que para a autora se encontra “em vias de desaparição” e sem possibilidade estruturante.
Vale ainda lembrar o esforço analítico