A crise da modernidade e as suas conseqüências
NOME:
TURMA:
DISCIPLINA: Filosofia Geral
PROFESSORA:
A Crise da Modernidade e as suas Conseqüências
A história atesta momentos em que a própria concepção do real parece diluir-se em si mesma, gerando a mais absoluta perplexidade. A ciência transmuta-se em fé e esta acaba por ser, muitas vezes, o inacreditável esteio de passagem para um novo momento. Hegel, em sua obra Fenomenologia do Espírito, descreve, com singular perfeição, o advento de uma nova era: “Não é difícil ver que o nosso tempo é um tempo de nascimento e de passagem para um novo período. O espírito rompeu com o que era até agora o mundo da sua existência e representação e está a ponto de afundar no passado, está a operar a sua transfiguração... A frivolidade e o tédio que vão minando o que ainda existe, o vago pressentimento de um desconhecido são prenúncios de que se prepara algo de diferente. Este esboroar gradual... é interrompido pelo nascer do sol que, qual um relâmpago, revela de súbito a imagem do mundo novo” . Ora, em que pese a fluidez do novo, torna-se impossível assistir a história sem atestar o que se apresenta de mais visível: não vivemos um tempo como qualquer outro, algo de inusitado parece ser responsável pela bancarrota de todas as crenças, ciência e fé parecem misturar-se em um inapreensível emaranhado de convicções. Por certo, Hegel poderia ter vivido hoje e, com mais razão ainda, indicaria a relevância do presente para a proeminência do tempo que desponta.
Diversamente da cosmovisão medieval que, fundada nas concepções de estratificação, esfericidade e finitude , encontrou seu fim na aurora da racionalidade, no denominado paradigma da razão , a modernidade parece ter encontrado seu fim, paradoxalmente, em si mesma. Aficionada pelo imaginário de um mundo perfeito e ordenado, como um imenso mecanismo em que tudo tem o seu lugar e a sua função, a modernidade acreditava ser capaz de desvendar as premissas desta suposta lógica, para, então,