A criança, o desenvolvimento e o brincar rene spitz
Com as casas sustentáveis nada se perde, tudo se transforma
Até a década de 1960, as políticas habitacionais caracterizavam-se pela centralidade da produção direta pelo Estado e pela importância da produção de novas unidades para substituir casas construídas em áreas informais. A arquitetura modernista, desde suas primeiras manifestações, na década de 1920, havia buscado contribuir para a solução do problema de moradia, apostando na construção em massa, racionalizada, que permitiria a estandardização e a pré-fabricação, acelerando o desenvolvimento tecnológico da indústria da construção, reduzindo o preço da habitação e democratizando o acesso a habitações de dimensões mínimas, mas construídas segundo princípios de qualidade, salubridade e funcionalidade.
Os conjuntos habitacionais de grande porte, construídos em áreas periféricas, buscando a padronização dos componentes e o barateamento dos custos de construção, inspirados nos princípios do modernismo e ancorados nas modernas técnicas construtivas, foram as principais soluções adotadas para enfrentar o problema habitacional brasileiro. No fim da década de 1960 até a metade da de 1970, com a Caixa Estadual de Casas para o Povo - CECAP e o Banco Nacional de Habitação - BNH, surgiram programas de autoconstrução, ou construção por ajuda mútua; porém, por terem si aplicados nas periferias das grandes cidades, as habitações logo eram abandonadas pelos moradores, que preferiam morar em favelas e cortiços próximos do local de trabalho. No início da década de 1980, surgiram programas com base em recursos próprios, por exemplo, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbanodo Estado de São Paulo - CDHU, que até hoje constrói moradias populares.
Contudo, com o aumento da demanda por moradias e a consequente pressão sobre os recursos naturais, em sua maioria não renováveis, e sendo a indústria da Construção Civil a que mais retira matérias-primas da