Ansiedades derivadas da relação mãe e bebê
Dúvidas sobre a criação e a insegurança em relação ao filho sempre estão presentes. Cada bebê é um ser diferente dos demais e a mãe vai conhecendo – o pouco a pouco, à medida em que ele vai se expressando através de várias manifestações (SOIFER,1980).
Segundo a autora, acima citada, tais ansiedades se concentram na ansiedade de comprovar que a criança é normal, saudável, etc. Os temores e as ansiedades em relação à maneira pela qual transcorrerá o parto, a possibilidade de dor também estão presentes. Em suma, o parto é um fato social pelo qual se incorpora ao meio mais um ser humano.
As circunstâncias em que uma nova vida se cria; a concepção, a vivência uterina e o nascimento são os primeiros indicadores do processo de desenvolvimento dessa vida.
Desde a concepção até o nascimento, o bebê está numa relação simbiótica com a mãe. Nesse estado se encontram todas as potencialidades do seu “vir-a-ser”, não se pode mais considerar essa nova vida a distância, mas pensar essa vida que se anuncia em todas as suas potencialidades.
A partir da natureza orgânica, a mulher (em condições normais) pode receber a nova vida, fazê-la amadurecer e sustentá-la afetivamente. No estado de fusão orgânica, a gestante percebe o bebê praticamente o tempo todo, porém sentir a movimentação não é suficiente para de fato estar em contato com a sua gestação. A construção da função materna se inicia nesse período. É fundamental a vivência de sua capacidade receptiva, o aprofundamento da qualidade de contato afetivo. Faz-se necessária a integração entre a disponibilidade psíquica e corporal, para que a mulher possa percorrer uma trajetória ambígua de afetos, de sensações, e expandir sua consciência corporal feminina. Desta forma, as condições para um bom parto e nascimento são bastante favorecidas.
O parto é igualmente uma experiência extremamente intensa, aguda, não somente no plano físico, mas igualmente no plano psicoafetivo. As