A criança com autismo
POSSIBILIDADES DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.
Lucimara Mesquita dos Santos
Tárcia Regina da Silveira Dias1
INTRODUÇÃO
Como um movimento amparado pela legislação brasileira, a inclusão escolar deve garantir não só a vaga do aluno com necessidades educacionais especiais na escola comum, mas, também, a democratização de condições de ensino que permitem o acesso ao conhecimento acadêmico. De acordo com Prieto (2006), a inclusão escolar tem como objetivo reconhecer e valorizar a diversidade como condição humana que favorece a aprendizagem, minimizando as limitações dos alunos com deficiências e dando ênfase às suas possibilidades, aos seus interesses, para que o planejamento da sala de aula contemple a construção de situações favoráveis a esses alunos e, consequentemente, à equiparação de oportunidades.
Na escola, de acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva (BRASIL, 2007), o movimento mundial pela educação inclusiva se refere a ações políticas, culturais, sociais e pedagógicas, desencadeadas em defesa do direito de todos os alunos aprenderem juntos, sem nenhum tipo de discriminação.
Mendes (2010) ressalta que traduzir e aplicar o conceito de educação inclusiva das leis, dos planos e das intenções para a realidade requer estudo e prática. Ou seja, é preciso conhecer a prática e o conhecimento para fundamentar essa prática. A escola encontra-se, então, perante um desafio: o de conseguir que todos os alunos tenham acesso à aprendizagem básica, na inclusão escolar de todas as crianças, respeitando as diferenças sociais, culturais e individuais, as denominadas necessidades educacionais especiais (BRASIL, 2000).
Aqui, é importante considerar que o acesso à educação tem início na educação infantil, na qual se desenvolvem as bases para a construção do conhecimento e desenvolvimento global do aluno (motor, afetivo, social e cognitivo). Glat (1998)