A Criança antes de 1970

A Criana-Estorvo A imagem trgica da infncia no era a mais fixada pelo povo em geral, essa influencia era claramente limitada nos outros meios sociais a criana considerada mais como uma desgraa do que como o mal ou o pecado. A ateno, o gasto financeiro e os cuidados com os bebes nem sempre parecem agradar aos pais, e com isso os abandonam. Com sentimento de culpa que essas mes pregam pequenos bilhetes na roupa do bebe com alguns de seus dados. O primeiro sinal de rejeio ao filho esta na recusa materna de amament-lo, entregando assim a uma ama-de-leite. Foi no sculo XVIII que o habito de contratar amas-de-leite para os filhos generalizou-se, devido a escassez de amas. A amamentao mercenria s procurada pela aristocracia no final do sculo XVI. Com isso as mulheres ricas que trazem as amas para suas casas privam outras crianas, os filhos das amas, do leite materno. No sculo XVII que o envio das crianas para a casa das amas se espalha por toda camada da sociedade urbana e se generaliza. Em 1780, em Paris, a cada 21 mil crianas nascidas, menos de mil eram amamentadas pelas mes, mil so amamentadas por uma ama em domicilio. Das 19 mil restantes, duas ou trs mil eram colocas nas proximidades de Paris, cujos pais dispunham de mais dinheiro. O restante, com menos dinheiro, eram levadas para longe. Segundo os estudos de Lavicher, so principalmente os bons burgueses que mandam seus filhos para casa das amas. Para Bideau isso se verifica mais nas pequenas cidades, onde os mais pobres conservam os filhos, do que nas grandes. J.Ganiage fez um estudo em Lyon e constatou que so os mais necessitados, e no os menos pobres, que mandam os filhos para fora. Mais da metade dos bebs entregues as amas so principalmente comerciantes (10,7) e artesos (50,2). Apenas a nobreza e a alta burguesia (5,7) no estavam representadas, pois preferiam contratar as amas em casa. certo que os pais mais ricos escolhem as aldeias mais prximas de suas casas, o que as fazem serem muito procuradas e mais