A contribuição da Psicologia nos contextos Educativos
2.1 A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA EM CONTEXTOS EDUCATIVOS
Segundo Antunes (2008) a escola pode ser considerada como uma instituição gerada pelas necessidades produzidas por sociedades que, por sua complexidade crescente, demandavam formação específica de seus membros e tem como finalidade promover a universalização do acesso aos bens culturais produzidos pela humanidade, criando condições para a aprendizagem e para o desenvolvimento de todos os membros da sociedade. Fajardo, Minayo & Moreira (2010), citando os autores Antunes (2003), Assis, Pesce e Avanci (2006), Barbosa (2007), Tavares (2001) e Varela (2005), dizem que depois da família, a escola é o meio fundamental e essencial para que as crianças, na sala de aula, adquiram as competências necessárias, que vão além do conhecimento para terem sucesso na vida. Portanto, investir na escola como espaço que contribua também para a promoção da saúde, a qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos que dela fazem parte pode ser um caminho para a prevenção de agravos à saúde (ASSIS, 2006, p.117). A história da Psicologia escolar pode ser identificada desde o século XIX nos Estados Unidos (1882) onde se destaca a publicação de Stanley Hall, “O conteúdo da mente das crianças quando ingressam na escola”, e o surgimento de clínicas e revistas que divulgavam principalmente, a área da psicometria e da psicologia experimental, segundo Barbosa & Marinho-Araújo, 2010 (Apud Netto, 2001). E na Europa caracterizava-se pela intervenção junto aos alunos com necessidades especiais e pelos trabalhos de Alfred Binet que tinha como objetivo o desenvolvimento de instrumentos psicométricos capazes de avaliar a inteligência humana (Gomes, 2004). No Brasil a psicologia Escolar e Educacional é conhecida desde os tempos coloniais, quando a grande preocupação também era o fenômeno psicológico. Antunes (2008) (Apud Massimi, 1990), ao estudar obras produzidas no período colonial, no âmbito da filosofia,