A Contracultura na década de 1960
Ela nasceu do desejo de mudar o mundo. A diferença é que esses jovens partiram para a ação. e lutaram de forma pacífica por seus objetivos.
A forma diferente de se manifestar e a temática nada comum – paz e amor – davam à contracultura um ar de alienação. Não se restringia ao local; o movimento tinha proporções continentais, dizia respeito a toda uma aldeia global. O que se contestava eram os tabus morais e culturais, os costumes e padrões vigentes, enfim, as instituições sociais.
Uma característica notável é que este movimento não se baseia na luta de classes. A contracultura encontra no jovem o seu intérprete mais forte. Foram grupos de jovens brancos das camadas médias urbanas que iniciaram os protestos. Justamente eles, que tinham acesso aos privilégios da cultura dominante. Nesta luta, o jovem negro tornou-se importante aliado, porque historicamente, já era símbolo de rebeldia contra o sistema americano.
Tudo começou na década de 1960. Os EUA vivenciavam um período de pós-guerra, com a corrida armamentista e o acirramento das lutas raciais. As transformações socioeconômicas advindas com a criação do Estado do Bem Estar Social provocaram mudanças nos hábitos e comportamentos juvenis. Eles tiveram que se adaptar radicalmente à tecnocracia (sociedade gerenciada por especialistas técnicos e modelos científicos), que resultava numa realidade mecânica e desprovida de qualquer impulso criativo.
Além da ampliação dos cursos superiores que favoreceu a concentração de estudantes em espaços de discussão, as manifestações contraculturais descobriram na mídia uma potente arma para propagar os seus ideais. Os meios de comunicação em plena expansão aproximavam os jovens e universalizavam os novos valores.
Por ser uma resposta à cultura massificante do Ocidente, era de se esperar que a contracultura tivesse características bastante incomuns para a época. Com caráter fortemente libertário e questionador, repreendia as políticas de esquerda tradicional