A Construção Social do Mercado Em Durkheim e Weber
A Construção Social do Mercado Em Durkheim e Weber, Uma Analise do Papel das Instituições na Sociologia Econômica Clássica.
Os autores enfatizam em suas pesquisas diferentes formas pensadoras a respeito da ligação da economia a sociologia, Durkheim analisa as consequências sociais da ausência da regulação moral da esfera econômica, sob a forma da divisão do trabalho anônimo ou forçada. Já Weber considera a economia uma esfera relativamente autônoma.
Em um quadro de definições da sociologia econômica Durkheim identifica o mercado como instituições relativas a troca. Por tanto, a relação mercantil, que relaciona pessoas obrigadas a entrar no mercado para trocar bens e serviços indispensáveis à sua sobrevivência, encerra uma dimensão socializadora. Weber relata o mercado como duas formas de interação social, a troca e a competição, que introduz uma dimensão política de um fenômeno econômico, conflitando interesses opostos.
Tanto Durkheim quanto Weber reconhecem, que o ator econômico pode buscar seu interesse, mas que isso não é a única razão que pode explicar seu comportamento: ele respeita também a tradição, o direito e a moral. Além disto, os interesses não são naturais e individuais, mas definidos socialmente. Durkheim afirmou que o ser humano é um ser egoísta por sua própria natureza.
De uma certa maneira, as regulamentações tradicionais do mercado tinham por objetivo limitar os conflitos de interesse que a racionalização moderna consiste em exacerbar. E o mercado é regulado pela tradição, quando ele é determinado pela assimilação de limitações ou condições tradicionais de troca. Em particular, no mercado, existe uma desaprovação social da mercabilidade de determinadas utilidades ou da livre luta de preços e de concorrência para determinados objetos de troca ou paras determinados círculos de pessoas. Durkheim lembra que o direito permite economizar tempo social , e Weber mostra o papel do direito na implementação de um ambiente estável e previsível.