A construção da ordem politica imperial
Capítulo 3- Unificação da elite: uma ilha de letrados
Na elite imperial, o elemento poderoso foi a educação superior, por três razões: a primeira foi porque quase toda elite possuía ensino superior, a segunda foi porque a educação superior se concentrava na formação jurídica e fornecia, um núcleo homogêneo de conhecimentos e habilidades e em terceiro, porque se concentrava a Universidade de Coimbra até a Independência.
A grande maioria dos membros da elite foram educadas em Coimbra, até 1850. A Universidade foi criada em Lisboa em 1290 e foi transferida para Coimbra em 1308. A partir de D. .João II,os reis foram declarados protetores da Universidade e terminou a livre escolha de reitores e lentes.
Essa ditadura monárquica foi organizadas pelos Jurisconsultos. Os Juristas dominaram até 1537, quando a Universidade voltou a Coimbra. Então teve inicio a um período de dois séculos de controle jesuítico, durante o qual a Universidade se isolou da influencia do progresso intelectual e científico europeu. A situação só se modificou novamente em 1759, quando os jesuítas forma expulsos de Portugal e das colônias pela ação de Sebastião Carvalho e Melo.
A reforma da Universidade veio, finalmente, sobre a direção do reitor brasileiro Francisco Lemos e com total apoio de Pombal nomeado visitador. Os métodos e o conteúdo da educação jesuítica forma radicalmente reformulados. A ênfase deslocou-se para as ciências físicas e matemáticas. O Iluminismo atingia Portugal, finalmente e vinha na seqüência de novo o surto de fortalecimento do poder estatal. Tratava-se fundamentalmente de colocar a educação em condições de ser útil ao esforço de recuperação econômica.
O Iluminismo português, ficou mas próximo do italiano do que do Frances. Seu espírito não era revolucionário, nem ati-histórico, nem irreligioso, como o Frances, mas essencialmente progressista, reformista, nacionalista e humanista. Era o