A construção da identidade e o psicodrama
O Psicodrama surgiu com Jacob Levy Moreno (1889-1974) psiquiatra judaico romeno, conhecido como o pai do Teatro Espontâneo que permite ao indivíduo representar papéis e acontecimentos do cotidiano que o encaminham a refletir e reconhecer suas fraquezas e dificuldades na formação do seu eu. Essa representação culmina e proporciona uma tomada de decisão e mudança em sua vida intra e interpessoal. De acordo com Moreno, o indivíduo deve ser concebido e estudado a partir das suas relações interpessoais. O indivíduo ao nascer terá como referência de base a família. A mãe será a principio o elo de maior influência na construção da identidade de uma criança. É ela quem alimentará e possibilitará as primeiras trocas afetivas com esse novo ser. Apesar desse grau de importância, concomitante com essa ação pai, irmãos, avós e outros personagens irão fazer parte da matriz de identidade desses indivíduos. Para Freud, tanto o afeto quanto a inteligência caminham juntos e a serviço da formação do ser social. Juntos, contribuem para evolução do processo de desenvolvimento do indivíduo, construindo e modificando-se de uma fase à outra (apud RAPPAPORT et al., 1981, v.1). De acordo com Moreno o homem nasce espontâneo e deixa de sêlo ao sofrer influência do ambiente afetivo-emocional. Conforme os Referenciais Curriculares Nacional da Educação Infantil (1998, p. 48) “as capacidades de ordem afetiva estão associadas à construção da auto-estima, às atitudes no convívio social, à compreensão de si mesmo e dos outros”. A espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade são recursos inatos do homem. Desde o início ele traz consigo fatores favoráveis a seu desenvolvimento, porém estes podem ser perturbados por ambientes ou sistemas sociais constrangedores. Segundo Freud, o afeto e o amor são construídos por meio do vínculo que a criança gera quando mama nos seios da mãe. Entretanto, esse vínculo não é criado somente por causa de uma necessidade de