A conquista da américa nos séculos xv e xvi
A conquista da América e a sua posterior colonização, foi um empreendimento gigantesco, que sem dúvida alguma mudou os rumos da civilização ocidental. Esta obra, cujas marcas principais estão diretamente relacionadas a expansão marítima e comercial levada a cabo pelos países ibéricos (Portugal e Espanha) no final do século XV, realizou-se com a perda de milhões de vidas e o extermínio completo de muitas civilizações indígenas.
Se por um lado o Novo Mundo representava um eldorado de oportunidades para europeus ávidos por riquezas e metais preciosos (ouro, prata e cobre), por outro ele se transformou num verdadeiro inferno e numa dolorosa provação para aqueles que se submeteram pela força, ao jugo dominador das nações europeias, notadamente da Espanha.
A colonização efetiva do continente americano pelos espanhóis começou em 1493, quando Cristóvão Colombo (um ano depois de ter aportado na ilha de Hispaniola, atual Santo Domingo, capital da República Dominicana) fundou a colônia de Natividade. A partir daí, iniciou-se de modo irreversível o embrião daquele que se transformaria num dos maiores impérios do mundo: O Império Espanhol na América.
Após alguns contatos amistosos no início da colonização, a relação entre espanhóis e gentios da terra sofreu uma transformação que, caracterizou por assim dizer, o tipo e a mentalidade colonizadora desenvolvida pela Espanha. A busca por riquezas e a conversão dos índios ao cristianismo foram, entre outros fatores, as bases motivadoras do projeto colonial em território americano.
O segundo objetivo era constantemente utilizado para mascarar o primeiro e em busca deste, inúmeras atrocidades foram cometidas contra os povos dominados. A cruel matança de indígenas, bem como a ganância e a sede espanhola por metais preciosos, foi muito bem retratada por Frei Bartolomé de Las Casas (testemunha ocular de tais acontecimentos), que jamais ficou calado diante do tratamento