A condição humana

(A condição humana de Hannah Arendt)
Hannah Arendt através do seu livro “a condição humana” expõe que a forma de vida do homem proporciona sua existência, sendo assim, suas práticas condicionam sua situação humana de sobrevivência.
Indica como princípio básico de subsistência a vida ativa, fundamentada em três atividades essenciais, o labor, que se resume ao processo biológico do corpo humano, o trabalho, como atividade de transformar coisas naturais em artificiais sendo resultado de um processo cultural e por ultimo a ação que surge com a necessidade do homem conviver com seus semelhantes e sua pluralidade.
A vida ativa, definida por Hannah, condiciona ao homem, o nascimento e a morte, já que ambas asseguram ao indivíduo a sobrevivência e o prolongamento da espécie, o que presume a inexistência do homem sem a prática de tais atividades. Os filósofos gregos aponta o distanciamento do homem dessa vida ativa. Para os pensadores, a condição humana só é possível ao ponto em que o homem se aproxima da vida contemplativa, excluindo assim a existência do escravo como categoria humanística.
As atividades humanas são condicionadas ao passo em que os homens vivem em grupos, no entanto, práticas como o labor não necessita da presença de outros seres, mas, um ser solitário, para Hannah, não seria humano. A partir de tal ideia surge o homem com capacidade de organização politica diferente da associação da família e sendo o primeiro ligado ao que é comum e o segundo ao que é individual.
A autora exprime a natureza do homem como um ser politico, dando origem na antiguidade a duas esferas, a pública, reservada a expressão da capacidade do individuo que através do discurso e da ação participavam dos assuntos da polis e a esfera privada, que se resumia a família e a vida particular do individuo.
Com a modernidade, os conceitos acerca do publico e do privado se modificaram e se constituiu uma nova esfera, a social. O coletivo passou a representar aquilo que pode ser observado