A condição humana
SALELLAS BOSCH, Alfons Carles
Universidade Federal de Pelotas
Prof. Dra. SCHIO, Sônia Maria (Orientadora)
Universidade Federal de Pelotas
1 INTRODUÇÃO:
Este trabalho visa à compreensão, através de uma leitura crítica e uma explicação da gênese do livro A condição humana (1958), o projeto de Hannah Arendt
(1906-1975) de pensar a política e os assuntos humanos de forma radicalmente oposta ao modo com que tradicionalmente a filosofia o fez. Mediante a análise de conceitos como trabalho, labor e ação, Arendt afirma que as sociedades ocidentais, já no início do século XX, são sociedades de consumidores, e nas quais o papel do trabalho foi substituído pelo do labor e a esfera pública da liberdade foi absorvida pela esfera privada da necessidade.
2 METODOLOGIA:
A pesquisa e a análise são bibliográficas, mediante a leitura em detalhe da obra
A condição humana de Hannah Arendt, Acompanhada do estudo da biografia da autora, a partir da obra Por amor ao mundo: a vida e a obra de Hannah Arendt, escrita por Elisabeth Young-Bruehl, que ajuda a contextualizar o trabalho da pensadora, e a do estudo de Bhikhu Parekh: Hannah Arendt & the search for a new political philosophy.
Outras obras, que se detalham na bibliografia, foram consultadas e utilizadas.
3 DISCUSSÃO E RESULTADOS:
A pesquisa procura identificar a gênese e as bases teóricas da obra A condição humana e seu posterior desenvolvimento. Após a publicação do seu livro As origens do totalitarismo (1951), Arendt começou a trabalhar, em 1952, num estudo que intitulou
“Elementos totalitários do marxismo” e que devia ser um complemento à obra publicada um ano antes. Arendt pretendia explorar, em primeiro lugar, os conceitos políticos de
Marx, e depois a relação destes com a sua noção de história. Esta, que seria uma seção introdutória, daria ensejo a duas análises históricas: uma do marxismo e do
socialismo europeus de 1870 a 1917, e